domingo, 17 de junho de 2012

Castigo

Já sofri muitas vezes por amor. Uma grande decepção em especial. Foi aí que jurei que nunca mais iria me envolver, que tudo era extremamente piegas e cliche demais, e que já tinha vivido minha cota suficiente de sentimentalismo.

Mas a vida tem essa mania irritante de provar a gente de errado, e foi aí que te encontrei, tão insuportavelmente perfeito, daqueles que abre a porta do carro, manda flores e leva pra jantar umas 3 vezes por semana. Não resisti. Libertei até o último cadeado, os arames farpados e a cerca elétrica que eu coloquei em volta do meu coração. Me venceu.

E assim a gente vive um amor tranquilo, que dá saudade quando um viaja, parceiros e sem brigas,enfim, aqueles namoros de dar inveja. Até que aquela sensação de "insuficiencia" volta a pentelhar.
Não sei por que raios a gente insiste em se perguntar se a pessoa a qual estamos ama mesmo a gente, se ela faz realmente tudo por voce, ou se ela não faria mais por outra pessoa. O pior não é se perguntar
O pior vem quando a gente realmente pergunta. SIM, pergunta e ouve aquilo que não queria ouvir.

Nesse instante de fraqueza emocional, o nó na garganta insiste em não te deixar falar, falhar...
E diante de tanta paranóia, você se pega sozinho, chorando e finalmente cai a ficha. SIM
Você descobre que esta sofrendo da pior doença de relação à dois, a doença que o homem relata desde o inicio da literatura: o APEGO.

Você começa a perceber os sintomas: paranoia, nâo quer ligar, mas olha a tela do celular de 5 em 5 minutos na espera de ter alguma mensagem para te libertar da abstinencia.

Independente da hora que for diagnosticado, reflita e PARE! Sò tem uma cura para isso, mas talvez demore um pouco. você vai precisar de alguns amigos, rir, esperar o tempo passar, enfim fazer qualquer coisa para desocupar sua cabeça daquela pessoa.

É grave. É a doença que corroi quem sente, e afeta o parceiro. é o cancer dos relacionamentos.
Mas como saber a diferença entre amor e apego? os dois não existem um sem o outro. O dificil é saber dosar, porque é como uma gangorra, tem que encontrar o equilibrio pra nenhum dos dois acabar de castigo.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Cuide bem da sua coca-cola

Quem tem alguém, sabe o risco que corre. Toda a confiança, os medos divididos e seu dia-a-dia que deposita em alguem, um dia vai faltar.

Será que tem como fazer uma poupança de amor? depositar lá todo mês aquela sobrinha de amor que transborda, em vez de fazer mal se transformando em ciume e desconfiança?
Um auxilio des-amor.
Por que tanta certeza? Todo amor tem um fim. Como diria Gabito Nunes>: "A manhã seguinte sempre chega" ou o "morning period" tão bem descrito pelos americanos.

Acredito que toda história tenha um fim, quiçá a morte. O que eterniza, bem... Não eterniza. O que pode parecer eterno são o que pessoas idealizaram ou contaram desse amor, mas muitos amores acontecem sem ninguem saber. Será que isso fez eles não serem eternos?
A eternidade é algo engraçado, a gente promete o "pra sempre" sem nem saber o que é. Como comprar uma casa em 15 trilhões de prestações, você não vai estar vivo para quitá-la.

Queria que fosse possível deixar um legado. Queria deixar aqueles futuros amores pendentes me esperando, amigas festeiras de plantão, e se não for pedir muito, um pouquinho de todo aquele amor que tanto sobrou no passado.

Parece praga de mãe, quando a gente desperdiça coca-cola, aí chega em casa com aquela vontade, e só tem aquela água com gosto do suco que estava na jarra antes. Todo aquele amor que um dia foi demais, que não coube na gente, acabou! e só sobrou aquilo sem graça; a saudade da coca-cola...

Amor demais entra em falta depois.

Tudo em excesso enjoa, acaba rápido ou satura. Com o amor não é diferente. A água, mesmo essencial à flor pode afogá-la. O amor também afoga, e depois resseca.

Queria que fosse possível deixar um legado:
Amar de mais engorda. Amar demais satura. Amar demais acaba.

Cuide bem da sua coca-cola.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Amor meu

E quando começa a faltar alguma coisa? e quando aquela coisa de "pra que rotulos?"
começa a não fazer mais sentido?
Foi então que eu percebi, que tudo aquilo que eu evito sentir, é tudo aquilo que dá
graça àquilo que eu insisto em desistir.
Eu estou feliz, estamos felizes. Temos só a parte boa de relacionamentos. Nos vemos quando
sentimos vontade, saímos com amigos, e ninguem controla a vida de ninguem.
Mas aquela sensação de não ser o suficiente tem assombrado o nosso "relacionamento"
é engraçado quando não se quer convencionar algo, mas quando quero me referir a ele, eu
nao sei o que dizer. Será que tem um nome pra alguem que te faz feliz?
Ele diz que me ama, ele manda flores, ele me faz feliz.. E por que essa sensação continua?
Parece que eu não sou boa o suficiente. Apesar de ele dizer que me ama, se amasse mesmo
teria orgulho de me apresentar como namorada... As vezes acho que facilito demais,
as vezes acho que ele só diz da boca pra fora, as vezes acho que ele tá só esperando o
momento certo, as vezes eu acho que estou perdendo tempo, as vezes eu acho que eu preciso
tomar uma atitude em vez de esperar ele reagir.
Chegou aquele momento crucial que a gente sente o momento de tornar em algo um pouco mais
paupável. Eu só não queria ter de cobrar alguma reação, queria que partisse dele, que fosse
algo espontâneo. Estou cansando, é triste quando a gente dá o maximo pra alguem "aprovar"
a gente e só enxerga o lado de fora da sua vida.
Hoje eu senti a necessidade de lhe chamar de meu, mesmo que isso não influencie questões
de fidelidade, é uma necessidade estranha, mas se se trata de sentimento, eu saberia que
é verdadeiro se o monopólio fosse requisitado.
Quero um amor pra chamar de meu.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Campo Minado

Toda ação tem uma reação. Ponto. Todo trauma se transforma em medo; e foi assim que eu aprendi a encher o saco de todo mundo ao meu redor com o medo de me envolver.
É tão mais fácil quando não se espera nada de ninguém. É tão mais fácil quando a gente só depende da gente pra ser feliz, tipo comprar um chocolate e ganhar o dia. Sim, mais fácil... Mas e quem gosta do fácil? Quem coloca só 10 bombas no campo minado pra ganhar em 1 segundo? Buscamos sempre desafios para sentirmos superiores e vencedores na vida. Não tem coisa pior que mentir pra si próprio, colocar 10 bombas no campo minado é duvidar da sua capacidade, é enganar-se de que está ganhando, quando na verdade torna-se o pior dos perdedores.

Cansei de ter medo, e descobri que não é medo. Medo era antes quando qualquer pessoa do sexo oposto perguntava aonde eu ia, e começava uma coceira súbita bem na região do dedo anelar da mão esquerda. Não é medo. É aquela sensação que dá no estomago sabe? Aquela! Aquela que diz pra você quando está para agir de maneira incorreta, aquele sentimento de repulsa. A sua consciencia mandando sinais para o estomago.(Taí uma coisa que eu nunca entendi: Porque se refere ao coração quando fala-se em amor? Tudo que senti até hoje foi no estomago. Começa com frios na barriga, e termina com socos na boca do estomago.) Enfim, aquela sensação errada no estomago me diz que não é a hora. Não é a hora ou nunca será?

Fato que eu poderia estar mais envolvida, mas esse medo de aceitação me faz retroceder cada vez que um “eu gosto de ti” insiste em sair da minha boca.
Mas cansei de pensar, cansei de definir cada virgula, cansei de abrir parênteses pra explicar minhas reticências. Pra cada ponto final começa uma nova linha, nem sempre uma nova história. Vou iniciando novos parágrafos até que uma conclusão seja elaborada.

Só defini que quero o desafio, seja ele qual for. Que venha as 99 bombas do campo minado, estarei preparada com meu exercito de amigos e munição de chocolates.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Não espere eu acordar

Depois de muito tempo refletindo, e de muitas conversas com amigos e familiares, me decidi! Acho que um namoro não calharia de todo ruim, sabe? Eu não sou, realmente, aquela menininha de 16 anos que cederia à qualquer charminho e birra proveniente de ciúmes bobo. E não seria muito diferente do que nós já estamos vivendo, a famosa frase: “Já estamos envolvidos”.

É como se eu tivesse dormindo, de toda a dor que um dia eu senti da decepção que um famoso idiota com codinome “Ex” causou na minha pessoa. Um sono gostoso, daqueles que a gente baba no travesseiro, mas limpo, sem sonhos, aqueles que a gente acorda bem descansado. Aí você apareceu... não direciona muito minha mente se será um sonho ou pesadelo, só sei que estou sonhando com você. É que nem aqueles sonhos que não tem nem pé nem cabeça. Aqueles quando você está numa casa nada-a-ver, mas sabe que é a sua casa. Ou quando é alguém mesmo, que não se parece nada com ela na realidade, e temos a convicção de que é, ou de que pelo menos representa.

Aí começa essa sensação ruim, essa tão famosa que faz pessoas que não se aturam mais, ficar tanto tempo juntas: o apego. O meu grande pesadelo. O meu “buggyman” sim. Ele que me assombra todas as noites. Odeio a idéia de que dependemos da atitude alheia para sermos felizes, ou “salvar o dia”.
E assim, você ruma meu sonho para um pesadelo. Não perturbe meu sono se não vai me fazer sonhar. Não espere eu acordar e coçar os olhos tirando a última remela de alívio por ter acordado. Não espere eu dormir de novo para tentar me fazer sonhar.

Estou dormindo, e espero que você provoque mais em mim, que acordar pela manhã, com apenas a memória de uma noite que eu esperava mais.


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Amor Clichê

Não sei mais se sei viver um namoro clichê, daqueles pra colocar “Em um relacionamento sério” no facebook, apresentar pra família e andar de pedalinho na redenção.

A gente vive esse amor uma vez só, e quando termina, percebe o quanto se foi patético. Enquanto envolvidos, pensamos ser os únicos no planeta sentindo aquilo, que ninguém no mundo sabe a sensação de ser correspondido, e que o nosso amor é “one of a kind”.
A verdade é que esse tipo de relacionamento serve muito bem pra primeiro amor de garotinhas de 15 anos, mas quando muda o dígito na frente da idade, procura-se outros amores.
Talvez não seja bem a palavra ‘amor’ que procuro, talvez seja mais uma companhia, alguém que esteja por perto quando eu sentir aquela carência pré-menstrual de me grudar em alguém quando quiser assistir rose red pela 19ª vez. Alguém que me ligue pra contar o dia de vez em quando, e me leve no cinema pra ver um filme idiota e dar uns amassos. Namorar não, namoro é contrato, é prisão, é algemas. –Oi amor, eu vou ali no super comprar erva de chimarrão que acabou, depois vou passar na fê pra conversar com ela, e umas 17h12min eu chego em casa pra entrar no MSN e falar com você. NÃO! Não pretendo manipular meu dia inteirinho novamente pra alguém estar a par do meu dia. FODA-SE se eu quiser ir até o parcão pra comer um açaí sozinha por que deu na telha, ou convidar aquela vizinha pra ir junto que a gente nunca fez nada junto. Namorado nunca entende as novas amizades “-Mas tu nunca quis sair com ela”..E daí? Hoje deu vontade.

A imprevisibilidade do final de semana me conquistou. Para os comprometidos, chega a sexta feira, um vai pra casa do outro, passam no Zaffari, compra-se algumas barras de chocolate, uns salgadinhos, pringles e quem sabe um vinho pra esquentar, e passa-se o final de semana inteiro em baixo das cobertas. Enquanto os solteiros estão decidindo qual festa vão ir. Ok. Sei que você vai pensar: Toda festa é igual, um monte de pessoas fúteis, se fazendo, pessoas bêbadas caindo pelos cantos e você vai pra casa fedendo a cigarro, com o cabelo igual o da lady gaga, e sem falar na maquiagem de panda. O que as pessoas não realizam é que o que faz uma festa valer são os amigos. A vida tem seus momentos, os amigos são a melhor parte. O lubrificante social faz você se tornar a melhor amiga de desconhecidos, ou seja, literalmente tudo pode acontecer.

Não sei mais se sei viver um namoro clichê. Sempre critiquei essas pessoas que diziam “Pra quê rotular um sentimento?” E eu sempre pensei: “Idiota, ele te convenceu disso porque não quer te assumir”. Talvez até seja isso, se me apaixonar de novo por alguém que me faça mudar de pensamento, eu coloco “Em relacionamento sério” no facebook. Mas por enquanto vou curtindo minhas amigas, sem hora marcada pra chegar em casa, podendo esquecer o celular em casa uma vez ou outra sem causar a 3ª guerra mundial.